Quando vim fazer uma entrevista de emprego em julho do ano passado nessa região, ao contar para meu (na época) namorado sobre a mesma, não disfarçava meu encanto pela possibilidade de estar todo dia nesse corredor paulistano.
Pois passei na entrevista e trabalhei por pouco mais de um ano na Bela Cintra, do lado da Consolação.
Em setembro deste ano mudei de emprego, e de cenário. Da consolação fui para Brigadeiro e hoje a Alameda Santos faz parte da minha paisagem, e passagem. Já acostumei.
Já na região da Brigadeiro, vemos menos gravatas e mais olhos puxados. E como tem japonês nessa região! Eu que o diga, trabalho em uma multinacional japonesa, e no prédio em que trabalho só tem japoneses e chineses, impressionante! Mas com tempo você acostuma, vira parte da rotina.
Com tanta coisa a se acostumar, essa semana resolvi desacostumar. Tinha uma prova na faculdade na segunda-feira e resolvi dar uma relaxada ao sair do trabalho.
Coloquei no fone de ouvido IRA (tá, eu sei, clichê) e caminhei de uma ponta a outra da avenida. Relembrei alguns jardins, vi muitas pessoas - com pressa, sem pressa, góticos, gays, executivos, hippies - e como é de praxe, passei reto por ativistas do Greenpeace, Save the Children e WWF - mas não consegui deixar de parar para conversar com um hare krishna.
Que delícia que é passear por onde se passa todos os dias com outro ritmo. Outros olhos.
Recomendo à todos que passam por aqui todos os dias tentar isso vez em quando. É bom reviver o encanto que temos por essa paisagem.
Tomem um sorvete na escada da Gazeta, conversem com o hare krishna, tenham um ataque de rinite em um sebo e se surpreenda com os jardins que esquecemos que existem...
Dessa vez não tirei fotos, mas vou tentar me acostumar a desacostumar. E quem sabe em breve tenha mais fotos e relatos da região.
Imagem enviada para a comemoração de 120 anos da Av. Paulista |
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