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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Guinza Sushi

Continuando a sequencia de dicas de peixe cru, essa é mais uma ótima para quem gosta da região da Av. Paulista.

E um belo dia estávamos nós, pobres estagiários, morrendo de vontade de comer comida japonesa. Com menos de um mês de empresa, a falta de costume de tanto japonês em volta deve ter despertado esse desejo. Então: lá vou eu procurar um restaurante perto e barato para irmos, e foi quando encontrei o Guiza Sushi.

Vimos que o preço era bom ($37,90 - rodízio + sobremesa) e resolvemos conferir....

Combinado de sushis e sashimis

Bom, pelo que dá para ver pela foto, acho que vocês entenderam o espírito do lugar... rs
Não tem miséria, o atendimento é rápido. Muito bom pra quem gosta.

De segunda à quarta o preço é $37,90 e a sobremesa é uma bola de sorvete ou um mousse de chocolate.
Já de quinta à domingo é $42,90 e a sobremesa é um petit gateau... Muito bom, por sinal!!

Combinado extra + shimeji



Guinza Sushi
Alameda Jaí, 540 - Jardim Paulista/SP


COMUNICADO! rs
Gente, resolvi levar essa história de férias coletivas a sério...
Então devo ficar ausente do blog por um tempo...!
Devo voltar antes, mas na pior das hipóteses volto dia 9 de janeiro.

ÓTIMA VIRADA DE ANO A TODOS NÓS!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tamanduateí

Da série Av. Paulista, surgiu a série Estações! rs

Todos os dias passamos pelos mesmos lugares e nos esquecemos de olhar em volta.
Mas esses dias tenho olhado um pouco mais, e estava reparando na visão que se tem da Estação Tamanduateí do Metrô. Como estava com pressa, não consegui tirar nenhuma foto.
Os dias passaram e eu até esqueci que queria tirar essa foto.
Mas na última terça-feira (20) fui para o trabalho mais tarde.. E estava um céu tão limpo!
Parei um pouco para olhar em volta e tirar algumas fotos...

Ainda quero tirar fotos do outro lado da estação, essas são do sentido Vl. Madalena.













sábado, 24 de dezembro de 2011

RECESSO DE NATAL

Que os desejos de Natal de todos nós sejam realizados



Voltaremos com nossa programação normal na segunda-feira (26)





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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Então é Natal...

Nessa véspera de véspera de Natal, vamos fazer um post clássico...

A DECORAÇÃO DA PAULISTA \o\ \o/ /o/

Na última terça-feira (20) resolvi fazer a peregrinação paulistana, e ir do Paraíso à Consolação, vendo as decorações e passando calor no meio da muvuca.
A resolução da câmera do meu celular é uma porcaria, mas mesmo assim tirei mais de 70 fotos...Selecionei algumas para postar aqui.

Impressões gerais:
Muita gente.
Foram três horas de caminhada (dás 17h30 às 20h30), e mesmo eu tendo ido cedo, muita gente pelo caminho. As apresentações de Coral (Bradesco, Trianon e Center3) estavam lotadas muito antes de começarem: não tive paciência de ficar lá para assistir.
Vou comentar algumas das atrações:



Hospital Santa Catarina: 
Presépio bonito. Mas nada muito espetacular. As grades dificultavam a visão dos detalhes e tirar fotos...





Bradesco: 
Achei muito poluído. Ficou legal... Mas muito verde. Pecaram no exagero. Os bonecos ficaram muito bonitos, mas deveriam ter ponderado no resto... Muita gente esperando o coral, muito difícil de tirar fotos!




Itaú Personalitè:
 Perfeito. Juntou  a arquitetura da casa com uma decoração em toda sua volta. Bonecos lindos, música natalina, iluminação na medida certa. Pena que não consegui tirar muitas fotos porque já era 20h e a Av.Paulista estava cada vez mais lotada!





Parque Trianon: 
Que delícia de lugar! Adoro passear por lá. A decoração estava maravilhosa. Quase toda azul com efeitos dourados... De longe a minha preferida! Tinha distribuição de pipoca e algodão doce, patrocinada pelo Banco do Brasil. Como é um parque, as pessoas circulavam, então não ficava muita muvuca. Muitos casais nos bancos, velhinhos... Coisa linda de se ver.




Fachada da FIESP: 
Perfeita. Pena que minha câmera é uma bosta.




Praça do Natal: 
Ficou bonita. Mas bem infantil. Queria subir para tirar fotos da Av Paulista. Mas tinha uma fila de cerca de 1h para subir. Desisti.




Bom, com isso eu lanço uma campanha:
DÊ UMA CÂMERA DE PRESENTE DE NATAL PARA A PATY!

 Alguém?


















quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Merluza ao molho com batatas

Já disse que adoro comer?  RS
Pois então, adoro cozinhar também. Mas é difícil fugir do básico... Arroz, carne, salada, macarrão... enfim.
Mas estou tentando fazer coisinhas um pouco diferentes.
Segue uma receita que eu fiz esses dias. A receita original está aqui, mas eu fiz algumas mudanças.

Merluza ao molho com batatas

Ingredientes:
Molho:
150g de tomate cereja
1 cebola pequena
1 pimentão vermelho
Tempero pronto para 'aves peixes, legumes e saladas'
Alho triturado
200g de creme de leite
Sal e pimenta do reino à gosto
75mL de vinho branco

Peixe:
500g de filé de merluza
2 limões
Pimenta do reino
Tempero Pronto
Azeite

Montagem:
4 batatas médias
150g de tomate cereja






1o. Passo: 
Temperar o peixe com o suco de um limão, pimenta do reino, tempero pronto e azeite.
Deixar descansar por 30min.

2o passo:
Cortar as batatas em rodelas e reservar.
Preparar a assadeira com papel alumínio com sobra suficiente para cobrir o peixe
Pré-aquecer o forno à 180o.C
Picar a cebola, o tomate e o pimentão.
Refogar os legumes e os temperos até formar um caldo que envolva os ingredientes. Nesse ponto adicionar o creme de leite e o vinho. Mexer de 2 à 3 min e reservar.
Com uma frigideira, refogar o peixe temperado muito rapidamente.


3o. passo
Na assadeira, arrumar os files um ao lado do outro.
Despejar o molho em cima dos filés
Colocar as batatas em rodelas e tomates cereja por cima do molho.
Temperar as batatas por cima com um pouco de tempero pronto e pimenta do reino.



















Fechar com o papel alumínio e deixar no forno em temperatura média por cerca de 60min.
Para saber se já está pronto, veja a consistência da batata. Quando ela estiver bem macia, pode retirar do formo.

Sugestões de acompanhamento:
Vinho branco
Macarrão (com pouco) alho e óleo
Legumes no vapor

Eu fiz com arroz mesmo! Cansei de cozinhar!



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Meia de mim

Hoje tem lançamento na área!


É a nova música do Meia Dúzia de 3 ou 4!
Depois de muita espera, finalmente a última música da Trilha Sonora do Fim do Mundo.
Uma música colaborativa, com clipe colaborativo, a coisa mais lynda de se ver!
Eu sou super suspeita pra falar, então vou só deixar o vídeo abaixo, logo depois de contar um pouquinho da minha história com o Meia (só para íntimos)

E então que eu estava em um show qualquer, e três meninos que eram uma simpatia foram fazer uma participação especial. Pausa prum café, nunca me esquecerei. A música era muito massa, e a ginga uma delícia.
Comecei a stalkear a banda, comunidade e afins (no orkut, gente: faz tempo!)
Mas eles adoravam ser stalkeados, e me davam trela, e num show que consegui ir, fizeram a besteira de me reconhecer... RS
Eles eram mais ou menos assim na época:

Saudoso Villagio - 2007
Palco pequeno pro talento e pra quantidade de membros dessa trupe desse grupo. (desculpa, não me contive, muitas lembranças. Dotôra, não me mate... ahhaahha)
Em 2008 eu tive a GRANDE honra de te-los tocando no meu aniversário, melhor presente, viu pessoal?

Mas o tempo passou, e finalmente saiu um CD. Mesmo faltando algumas músicas... rs. Ficou muito bom. E ainda tinha bolsa ecológica que vinha com o CD de brinde! Coisa mais linda. 
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- dá pra fazer download das músicas, do encarte.. e se bobear até da bolsa, lá no site! -
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Nesse meio tempo eles foram tocar lá na UFABC, um orgulho desses meninos.... Pena que os professores ficavam querendo que abaixasse o volume - faça-me um favor, né?? Mas foi uma delicinha te-los no meu habitat natural!
Nessa época eles estavam mais ou menos assim:

Só Darwin explica...
E logo começou o novo projeto: A Trilha Sonora {oficial} do Fim do Mundo.
E eles se comprometeram a, de abril de 2010 à dezembro de 2011, lançar uma música a cada dois meses.
Entre trancos e barrancos, conseguiram! E abaixo está o último vídeo.
Como eles estão hoje?
Só vou poder mostrar quando eles resolverem me presentear com mais um show!






PS: Quem acertar qual é a minha boca (ui!) ganha uma cerveja no próximo show deles. (Olha o marketing, vou querer um %, heim meninos?)










terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mais do mesmo

Eu sou sempre a primeira a reclamar dos links indignados que as pessoas colocam no facebook:
"Deputado da pqp faz atrocidades"
"Governador rouba até velinha na igreja"
"Câmara aprova mais um aumento pra quem ganha muito, e mais um imposto pra quem não ganha nada"
Brasileiro tem memória curta e bunda grande.
Nunca levantam da cadeira - mesmo que seja pra jogar bolinhas de papel em candidato escandaloso - e na próxima eleição já estão votando no mesmo ignorante que disse "não gostou, tente se eleger".

Eu tive uma professora de história na 7a. série que confessava - com pesar e vergonha - ter votado no Collor só porque achava ele bonito.
'Taí o retrato escrachado de que uma imagem vale muito mais que mil picolés de chuchu abobrinhas. Incrível como as pessoas são facilmente manipuladas nesse país.

Mas fatos dessas últimas duas semanas tem me arrepiado, até me emocionado... E me fizeram ter uma pontinha de esperança nessa nação.

Cadê seu  Deus FHC agora?

Comprei a Carta Capita da semana passada [que na banca que fui comprar estava debaixo de uma pilha de Vejas... parece piada!] que trazia uma reportagem de 12 páginas sobre o livro "A Privataria Tucana - Os documentos secretos e a verdade sobre o maior assalto ao patrimônio público brasileiro. A fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. E a história de como o PT sabotou o PT nas eleições de Dilma Roussef." do jornalista Amaury Ribeiro Jr..

Pois bem, li a matéria. Nada que já não suspeitasse, mas os valores a a cara de pau assustam. Muito.
São sempre os mesmos, ganhando muito, mas MUITO dinheiro em cima da gente. Pelas famosas privatizações que todo PSDBista bate no peito com orgulho. Mas não vou discutir esse fato. Até porque o meu exemplar do livro não chegou ainda, assim que ele chegar e eu ler, coloco uma resenha tardia por aqui.


O que me tem comovido é a reação das pessoas. Por mais ignorado que o livro tenha sido (alguém soube dele pelo Jornal Nacional?) vi dezenas de reações na mídia digital. Seja por facebook, twitter, e alguns blogs por aí. E por aí também fiquei sabendo que a primeira edição, todas as 30mil cópias, esgotou em 24h.

Será que as pessoas realmente estão tomando alguma consciência?
Será que com a queda dos ministros, as pessoas retomaram a fé de que os 'bandidos' podem realmente cair?
Será que o povo está voltando a ter força?
Será que estamos partindo para uma pequeniiiiina revolução? Passo a passo?

Não me iludo: não acredito que vão existir grandes multidões indo ao planalto reivindicar a defesa de seu voto.
'Taí a ficha limpa, o novo código florestal, belo monte: todos indignados e um pequena parcela de pessoas indo ao planalto protestar. Os que sobram retuítam, compartilham.

A minha esperança é de que nossa memória deixe de ser tão curta. Que tenhamos tempo para pensar nisso, pesquisar, ler diferentes fontes, e finalmente formar nossa opinião.
A minha esperança é que pelo menos um de nós lembre em quem votou na eleição passada, e reconheça esse nome em alguma das listas negras de afrontas ao eleitor, e talvez não jogue seu voto no lixo novamente. É só isso que eu espero.

A MINHA luta pessoal eu já comecei.
Meu pai é um PSDBista, Serrista ferrenho e que assina a veja desde que me conheço por gente.
Este domingo eu mostrei a capa da CC para ele:
"Trouxe para te emprestar"
"O que é isso?"
"Capa da carta capital"
"Mas o Serra não é mais governador faz tempo"
"Mas matéria é sobre as roubalheiras da década de 90, governo FHC, pai"
"Nós estamos em 2011! Ficar pensando em coisa de quase 20 anos atrás...."
Bom, quando eu estava saindo da casa deles, ele disse. "Se quiser deixar aí... eu leio". Pensei: "Fuck yeah!!"
Se eu conseguir abrir os olhos de uma pessoa, já estou pra lá de feliz.
Quem sabe ele não comente durante a cerveja de sábado no clube alguma coisa da matéria com os outros amigos de extrema direita dele? RS

A minha mãe eu já desisti.
Nunca se interessou nem por pegar a cidadania brasileira e votar.
Ela é estrangeira com visto permanente e vota na Espanha (que não vai a pelo menos 23 anos) por correio.
Paciência.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ossos do ofício

Como eu comentei em outra postagem, hoje trabalho nos arredores da Brigadeiro.
E a uns dois meses atrás, fui fazer uma visita em um cliente: olhas a casa de máquinas e pensar em uma logística de instalação dos novos equipamentos.
Pois bem, além da casa de máquinas fomos na cobertura do prédio (é o prédio que fica atrás da Casa das Rosas) que tem um heliponto.

Subi no heliponto, e enquanto o pessoal ficava discutindo alguns aspectos técnicos, me ocupei em ficar besta com a visão e tirar algumas fotos.
O prédio é bem alto e fica na parte alta... Logo, tem uma visão maravilhosa...
Pena que a o celular tem resolução muito baixa, mas mesmo assim, segue a captura:

Visão da casa de máquinas

Outro lado da casa de máquinas

Ô São Paulo!
Vista da pontinha do Heliponto - Mais um pouco e eu caía! RS

domingo, 18 de dezembro de 2011

Bola na área sem ninguém pra cabecear

Hoje é domingo, e domingo é dia de futebol. Mas também é dia de descanso estudar.
Então a São Paulina que vos escreve vai tirar uma folga dos teclados e não vai falar sobre o Santos.
Segue abaixo um texto da Carta Capital que me fez rir e chorar no metrô.

Um ídolo romântico - Por Rodrigo Martins

Em 1984, o técnico da Fiorentina teve problemas para domar um atleta. Alto, magro, barbudo e de cabelos desgrenhados, o jogador sempre punha em dúvida as rígidas normas disciplinares do clube italiano, da proibição de fumar no ônibus à necessidade de ficar concentrado para uma partida. “Lembro de Sócrates assim”, comentou Giancarlo De Sisti, hoje com 68 anos, ao saber da morte do ex-craque brasileiro, ídolo do Corinthians e da Seleção Canarinho nos anos 1980. “No início de sua aventura na Fiorentina, ele não estava muito bem e os jornais o criticavam. Perguntei se sabia dessas críticas, ele me disse que lia os jornais, mas olhava a parte política, e eu disse que, pelo contrário, eu lia só a parte esportiva. Decidimos comprar um jornal só e dividi-lo.”

Brilhante e politizado, Sócrates viveu intensamente


Sócrates nunca foi um atleta convencional. Médico de formação, era politizado, contestador e cultivava um estilo de vida considerado impróprio para um esportista de seu calibre. Não era um homem deste século nem do anterior, como observou o jornalista e comentarista esportivo Juca Kfouri. “Eu o imaginava mais como um romântico do século XIX, de sobretudo preto, o cigarro acesso enquanto lia um poema. Um desses frequentadores de adegas da época, a discutir política com um copo de vinho na mão”, divaga o amigo de longa data, ressentido com o fato de Sócrates não ter o corpo blindado para a vida boêmia. “Nunca conheci alguém que viveu tão intensamente a filosofia do -carpe diem, guiando-se pelos prazeres e paixões do momento.”

O problema é que o Dr. Sócrates partiu cedo demais, aos 57 anos. Não pôde ver o Corinthians, time que aprendeu a amar, ser pentacampeão brasileiro. O capitão da Seleção de 1982 faleceu na madrugada do domingo 4, vítima de um choque séptico – quando bactérias de uma infecção caem na corrente sanguínea e se alastram pelo corpo. As suspeitas recaem sobre uma possível intoxicação alimentar, ainda não confirmada pela equipe médica, mas que poderia ser facilmente tratada não fosse o estado de saúde debilitado de Magrão, como também era conhecido. Esta era a sua terceira internação em quatro meses. Nas duas anteriores, foi hospitalizado, em estado grave, para conter uma hemorragia digestiva, causada por uma complicação da cirrose.

A reação à morte do ídolo foi imediata. Uma das homenagens mais comoventes ocorreu no Pacaembu, na final do Brasileirão: jogadores e torcedores do Corinthians guardaram um minuto de silêncio com o punho direito erguido, em alusão à forma como Sócrates comemorava os seus gols. Difícil imaginar que em 1978, naquele mesmo estádio, recém-chegado do Botafogo de Ribeirão Preto, o craque chegou a ser hostilizado por torcedores, impacientes para ver o time marcar gols. Já um doutor de 23 anos, Sócrates doutrinou a torcida corintiana. Pedia calma e apoio até o último minuto da partida. E retribuía com lances e gols memoráveis, muitos deles resultando em vitórias nos instantes finais do jogo. Passou a ser venerado pelos corintianos e abraçou o Timão como seu clube de coração.

Ex-jogadores também manifestaram o seu pesar. “Ele nos ensinou a importância de viver na democracia”, afirmou Wladimir, o lateral esquerdo que estava ao lado de Sócrates na conquista do bicampeonato paulista de 1982/1983. “Jogando bola é difícil descrever tamanha classe e categoria”, pontuou Zico, outro craque da Seleção de 1982. “Era leal, obstinado, íntegro e sincero.”

Mesmo rivais italianos, responsáveis pela desclassificação da seleção de Zico, Falcão e Sócrates, reconheciam a extraordinária qualidade desses jogadores. “É um pedaço da nossa história que vai embora”, lamentou Paolo Rossi, ex-atacante da Itália, autor de três gols contra o Brasil nas quartas de final da Copa do Mundo de 1982. “Ele ficará na história. É uma grande decepção que Sócrates esteja morto tão jovem”, emendou o goleiro Dino Zoff.

As homenagens não ficaram restritas ao meio esportivo. O ex-presidente Lula lamentou a morte do ex-jogador que o ajudou a fundar o PT, no início da década de 1980. “Sócrates é um exemplo de cidadania, inteligência e consciência política.” A presidenta Dilma Rousseff também soltou uma nota de pesar: “Foi um brasileiro atuante politicamente, preocupado com o seu povo e o seu país”.

Tamanha deferência não ocorreu por acaso. Sócrates teve um papel importante na redemocratização do Brasil. Foi um dos principais articuladores, ao lado de Wladimir e Casagrande, da Democracia Corintiana, na primeira metade dos anos 1980. O País ainda estava refém da ditadura quando o então presidente do Corinthians, Waldemar Pires, promoveu uma abertura política no clube. Descentralizou o poder e permitiu que os jogadores tivessem voz ativa em decisões administrativas.

Um típico craque corintiano, decisivo em momentos cruciais do time


Sócrates aproveitou a oportunidade e logo assumiu papel de liderança no grupo. Mais que isso, envolveu os jogadores na luta pela democracia e pelas Diretas Já. Os atletas corintianos passaram a apoiar movimentos grevistas, dialogar com sindicatos, filiar-se a partidos políticos e entravam em campo com faixas e cartazes da Democracia Corintiana, numa clara afronta aos militares. Em 1984, quando havia recebido o convite para atuar na Fiorentina, Sócrates prometeu diante de 1 milhão de pessoas, durante um comício das Diretas Já, permanecer no Brasil, caso o Congresso aprovasse a realização de eleições diretas naquele ano. “Até vestir-se de dom Pedro I do Dia do Fico ele se vestiu, para uma capa da Placar. Passou mais de quatro horas se maquiando”, comenta Kfouri, diretor de redação da revista à época. “Decepcionado com o resultado da votação, foi morar em Florença, mas não se adaptou.”

A experiência libertária do Corinthians não agradou a todos. Dentro do próprio elenco, o goleiro Leão criticava o que considerava ser uma “anarquia, e não democracia”. A mídia esportiva da época também foi implacável. Os jogadores eram criticados por dispensar a concentração, por não dar tanta ênfase à preparação física e até mesmo por, nas horas de lazer, tomar uma cervejinha. Sócrates era o principal alvo. “Foram muito injustos conosco. Como é que uma anarquia poderia conquistar dois títulos paulistas e quase levar um terceiro, numa época em que o Campeonato Paulista era um dos mais difíceis do País?”, pergunta o meia-armador Zenon, que compôs um harmônico meio-campo com Sócrates e Biro-Biro nas campanhas da Democracia Corintiana. “Houve uma reação conservadora muito forte. Fato é que -nunca deixamos- de corresponder em campo. E ajudamos a mudar os rumos do -nosso -país. Não por acaso, -pesquisadores nos pro-curam até -hoje para resgatar esse período.”

Kfouri confirma que a mídia, salvo raras exceções, era implicante. “Até dizer que os jogadores chegavam para o treino mal-ajambrados, como maloqueiros, eles disseram. Mas aquela equipe tirava de letra esse tipo de crítica. O Sócrates e o Casagrande, por exemplo, passaram a ir para o clube de terno e gravata. Era a coisa mais engraçada vê-los em traje social, desengonçados, com o nó da gravata torto”, recorda.

Diante do inegável talento de Sócrates, os críticos costumam enfatizar que ele seria ainda melhor se tivesse uma vida regrada e treinasse mais. Mas Raí, irmão de Sócrates e ídolo do São Paulo nos anos 1990, relativiza a assertiva. “Na Copa de 1982, Sócrates treinou intensamente por seis meses, até parou de fumar, e teve um desempenho formidável. Só que, no fundo, a genialidade dele também vinha do seu jeito de ser irreverente”, avalia. Além disso, ele destaca que Sócrates foi muito mais que um atleta ao lutar por transformações políticas. “Uma pessoa como ele é difícil surgir em qualquer área. No futebol, mais ainda, porque o meio é muito conservador, machista e opressor.”


Sócrates, por sinal, era um homem acostumado a vencer obstáculos. Primeiro, foi a luta para conciliar a faculdade de Medicina com os treinos e jogos. Depois, a batalha contra a própria estrutura física. “Ele era alto demais e tinha o pé pequeno. Mesmo assim, com inteligência e habilidade, superou as dificuldades. Seu famoso toque de calcanhar, por exemplo, nada mais era que uma estratégia para driblar a sua dificuldade de girar o corpo”, comenta o jornalista Celso Unzelte, comentarista da ESPN e pesquisador da história do Corinthians.

“Sócrates era um pouco lento, mas tinha um toque de bola refinado e uma excelente visão de jogo. Era um jogador cerebral. Não raro, os colegas de equipe não conseguiam acompanhar seu raciocínio e perdiam passes incríveis”, afirma Unzelte, autor do Almanaque do Timão. “Na Copa de 1982, poucos entenderam por que Telê Santana o colocou como capitão do time, que tinha astros como Zico e Falcão. Mas tecnicamente ele foi tão bom quanto eles. Em algumas partidas, até melhor.”

Após a aposentadoria, antecipada por uma hérnia de disco, Sócrates jamais deixou de se posicionar politicamente e lutar por transformações, no futebol e em seu País. Em suas colunas na CartaCapital, criticava implacavelmente os desmandos da cartolagem e a forma pouco republicana como a Copa de 2014 é organizada no Brasil, por exemplo. “Mesmo doente, ele se dispôs a liderar um movimento para democratizar a CBF, a exigir eleições limpas e renovação política”, lembra Zenon.


Após a primeira internação, em agosto, Sócrates admitiu ter problemas com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Recusou, porém, a pecha de dependente químico. “Só tenho uma dependência, a intelectual. Preciso ter sempre um livro na mão.”

“Sócrates foi o jogador mais original que o Corinthians já teve. E um dos mais originais da história da Seleção Brasileira”, comenta Kfouri. “Digo isso pensando em Garrincha, que também tinha um talento que desafiava a lógica. Triste coincidência, Garrinha foi o primeiro jogador da Seleção de 1958 a morrer, aos 49 anos, vítima do alcoolismo. E Sócrates foi o primeiro a falecer da equipe de 1982, pelo mesmo motivo. Ambos geniais.”


Matéria original aqui.

sábado, 17 de dezembro de 2011

"Você bem sabe, que a ema quando canta...."

"...traz no meio do seu canto um bocado de azar"

Sai zica!!

Hoje é sabadão, e eu deveria estar cansada de tanto dançar. Mas, por causa de uma prova, tive que recusar um convite de ir pro Canto da Ema ontem... Uma pena, sempre libero meus demônios quando vou pra lá, e volto super leve!

O Canto é uma casa noturna de São Paulo que de quarta à domingo conta com forró ao vivo, e muita gente disposta pra dançar! De algumas vezes que fui lá, percebe-se que existe um público fiel, que está lá pelo menos uma vez por semana para dançar até o amanhecer; um público flutuante, no qual eu me encaixo; e sempre um grupo de turistas - Uma vez que fui eram muitos peruanos, outra eram japoneses, e outra era um  pessoal da 3a. idade! RS

Uma típica noite no Canto - Lotada

Para os mais desajeitados, às quintas, sábados e domingos a casa abre mais cedo e conta com professores de forró que ensinam aqueles que não querem fazer feio mais tarde.
Os tímidos não tem vez! 
A estratégia que mulheres adotam é ficar envolta do salão sorrindo e esperando ser puxada para dançar. A etiqueta diz que se dança três músicas com a mesma pessoa. A menos, é claro, que se leve muitos pisões  a química não role.
Pessoalmente, não recuso nenhum par... Adoro dançar com quantas pessoas for possível! Se conhece muita gente, se dá muita risada, perde-se muitas calorias... Mas a menos de 300m tem um habibs 24h que salva o estômago dos forrozeiros ao amanhecer, e algumas datas a casa oferece café da manhã para quem aguentar ficar até o final.

Fica relativamente perto do metrô. Relativo porque é perto pra chegar, mas para voltar, depois de dançar mais de 6h seguidas... qualquer meio metro é motivo de "ai, ui, ai".

Os ingressos variam de 8$ à 26$. Existe diferença de dias, f/m e desconto para estudantes.
As aulas variam de 9$ à 12$, e se ficar, não precisa pagar ingresso. 


Deu vontade? Aproveita o fim de ano!
Dia 20 tem Elba Ramalho e Falamansa 
Dia 23 tem 12h de forró com café da manhã pra quem ficar até o final


PS: É, pessoal. Quem curte Black Sabbath também pode ouvir um forró de em em quando...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Esquenta de sexta

Como chegue a comentar no 1o. post deste blog, parte do nome dele foi devido à cerveja Paulistânia. Como hoje é sexta-feira, nada melhor do que deixar todo mundo ansioso pro happy hour falando um pouco desse nectar de cevada!

Pois bem, a Paulistânia:

Paulistânia Larger Clara





A larger de puro malte é uma cerveja um pouco mais encorpada, só fica boa bem gelada!
Dá para perceber de leve o malte, e tem 4,8% de teor alcoólico.
Já tomei de forma 'recreativa' mas acho que o bom mesmo dela é pra acompanhar um peixe cru! Experimentei em um restaurante em SBC e achei que orna muito bem, apesar de estufar um pouco e impedir maiores exageros na comida.
Uma garrafa (600mL) para duas pessoas durante o jantar, acho que é o ideal.
No varejo, o preço médio é 8$, já em bares e restaurante pode chegar à 20$.







Falke Ouro Preto - hour concour


A Paulistânia também tem versão escura mas não sou muito fã. Nessa categoria, quem me conhece sabe que não tem concorrência para a Falke Ouro Preto:



A Falke Ouro Preto também é uma larger escura, de malte torrado.
Há quem diga que tem leve sabor de chocolate, mas para o meu paladar o malte torrado deixa um sabor delicioso de café.
A cervejaria Falke Bier é relativamente nova (2004), familiar e tem mais 8 tipos de cervejas, das quais eu só experimentei a Estrada Real India Pale Ale. Não curti muito, achei um pouco frutada demais.
O preço médio da Ouro Preto no varejo é de 15$, e em pubs chega a 30$ - fator que, para minha tristeza, está fazendo essa delícia ficar cada vez mais rara de se encontrar.


Boa cevada à todos!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Desacostume-se!

Eu, assim como 1,5 milhão de pessoas, me acostumei a caminhar de 2a. à 6a. pela Av. Paulista.

Quando vim fazer uma entrevista de emprego em julho do ano passado nessa região, ao contar para meu (na época) namorado sobre a mesma, não disfarçava meu encanto pela possibilidade de estar todo dia nesse corredor paulistano.

Pois passei na entrevista e trabalhei por pouco mais de um ano na Bela Cintra, do lado da Consolação.
Em setembro deste ano mudei de emprego, e de cenário. Da consolação fui para Brigadeiro e hoje a Alameda Santos faz parte da minha paisagem, e passagem. Já acostumei.


Existem muita diferenças entre as duas pontas dessa avenida. Na consolação temos o Banco Safra, segundo uma amiga minha "A maior concentração de homens bem vestidos de São Paulo". De fato, vemos uma muitos  ternos, gravatas e tailers. Fácil de se acostumar.
Já na região da Brigadeiro, vemos menos gravatas e mais olhos puxados. E como tem japonês nessa região! Eu que o diga, trabalho em uma multinacional japonesa, e no prédio em que trabalho só tem japoneses e chineses, impressionante! Mas com tempo você acostuma, vira parte da rotina.

Com tanta coisa a se acostumar, essa semana resolvi desacostumar. Tinha uma prova na faculdade na segunda-feira e resolvi dar uma relaxada ao sair do trabalho.
Coloquei no fone de ouvido IRA (tá, eu sei, clichê) e caminhei de uma ponta a outra da avenida. Relembrei alguns jardins, vi muitas pessoas - com pressa, sem pressa, góticos, gays, executivos, hippies - e como é de praxe, passei reto por ativistas do Greenpeace, Save the Children e WWF - mas não consegui deixar de parar para conversar com um hare krishna.

Que delícia que é passear por onde se passa todos os dias com outro ritmo. Outros olhos.
Recomendo à todos que passam por aqui todos os dias tentar isso vez em quando. É bom reviver o encanto que temos por essa paisagem.

Tomem um sorvete na escada da Gazeta, conversem com o hare krishna, tenham um ataque de rinite em um sebo e se surpreenda com os jardins que esquecemos que existem...

Dessa vez não tirei fotos, mas vou tentar me acostumar a desacostumar. E quem sabe em breve tenha mais fotos e relatos da região.

Imagem enviada para a comemoração de 120 anos da Av. Paulista
















quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Temakeria & Cia

Quem me conhece sabe que sou boa de garfo, mas melhor ainda de hashi!
Então por que não começar falando de coisa boa? (vamos falar de top term!) Temaki!

Ontem eu acabei ficando até mais tarde no trabalho, e não estava com a mínima vontade de pegar metrô e trem lotado às 18h. Sem contar que a muito estava com vontade de comer um peixe cru. Então comprei minha Carta Capital e fui andando pela Al. Santos até encontrar alguma opção válida para matar minha vontade.

Alguns quarteirões depois, encontrei uma Temakeria de esquina. Entrei, sentei, e pedi uns temakis. Não vou falar, só mostrar:
Temaki de Salmão e Camarão cozido (150g)

Temaki de Salmão, shimeji e cream cheese (150g)

Estava muito bom! Quase pedi um garfo e faca pra conseguir comer.
O restaurante é bem aconchegante, o peixe é bem fresco e o atendimento é rápido. Servem sunomono de entrada, bem gostoso.
Depois desses dois gigantes ainda pedi um de Atum com cream cheese menor (80g), mas ainda sim bem mais caprichado do que somos acostumados de rodízios ou temakerias express como o Yo!,  que pessoalmente acho uma porcaria.
Os três temakis mais uma água com gás ficou 50$ (já com 10%), achei um preço justo pela qualidade.

Recomendo!

Temakeria & Cia
http://temakeriaecia.com.br/
Al Santos, 1187 - São Paulo

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Hello, world!

Esse blog surgiu no Metrô - linha 2, verde... provavelmente entre Ana Rosa e Chácara Klabin.

Na iminência das provas finais, precisava de um tempo pra relaxar, e com isso andei bastante na região da Av. Paulista. Vontade de tirar mil fotos, e escrever mil textos no Facebook... Mas esses posts se perdem tão facilmente. Taí, vou fazer um blog.

O nome veio de uma mistura de Paulista, Paulistana e da cerveja Paulistânia.
Mas como "Paulistânia" não era um domínio disponível no blogger, com uma mistura de Patricia, Paty, Pa; e uma dose de gagueira, ficou "Papaulistânia".

Não, não pretendo falar só de São Paulo.
Falarei também de minha andanças, minhas indignações e desabafos.
Até quando durar.

Não prometo postar sempre, porque isso nunca dá certo.


....agora vou lá antes que o sentimento de culpa por não estar estudando me consuma.